Olho para o fundo do copo
Sonho de olhos abertos
Luto e serei livre
Acredito no futuro
Sorrio
Encho novamente o copo
Livremente me retiro
Voo
Ao som da brisa
De mãos entrelaçadas
O copo esvazia-se lentamente
Em mim um calor ardente
O toque inquietante
Um desejo desesperado
Um beijo doce acontece
O copo abastece
E o corpo estontece
As línguas enrolam-se
Num ritmo estonteante
Numa noite escaldante
Para não ficar ofegante
Um golo de água arrefecer
E o copo desaparecer